Na Varanda
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Quando o corpo quer e a mente vacila
domingo, 4 de setembro de 2011
Imobilidade e dependência
domingo, 28 de agosto de 2011
26 Dias
segunda-feira, 21 de março de 2011
Nação musical
Não é de se admirar que eu era, por assim dizer, uma das garotas menos populares na escola. E isso foi piorando na adolescência, quando eu sentia que aquela onda de funk não era comigo. Quando eu passava meus fins de semana escrevendo cartas para amigas distantes que gostavam de Michael Jackson (ninguém sabe o que é ser um outsider até ter gostado de MJ em plena era das primeiras invencionices de abuso de criancinhas). Eu NUNCA fui a uma boate antes de aprender a dirigir. Eu era estranha hardcore.
Eu achei que o lance de ser estranha melhoraria na faculdade. Bom, de fato, lá eu fiz um grande número de amigos. Mas isso muito tinha a ver com a excelente qualidade da minha massa encefálica e todas as possibilidade que ela tinha de elevar as notas dos trabalhos grupais em muitos pontos. Não que eu só tivesse amigos interesseiros, longe disso. Tenho pessoas na minha vida daquela época que são pra valer mesmo. Mas é claro que o fator CDF contava, na hora de fazerem a lista pra festinha.
Em todo esse tempo de estranheza e, bem, solidão, só um elemento nunca deixou de estar presente na minha vida: MÚSICA. Música e mais do que isso: músicos. E a minha capacidade de me apegar a essas pessoas como se elas fossem os amigos, amigas e namorados que eu não tive. Toda uma vida social que eu só conheci quase adulta me era representada pelas bandas e cantores que eu admirava, e admiro até hoje.
Não vou, de novo, falar muito do Michael Jackson aqui como sendo basicamente minha prancha de salvação da adolescência. Mas ele não estava sozinho: Guns N' Roses, Backstreet Boys, Roxette, U2, Bon Jovi, Cyndi Lauper, George Michael, Placebo, The Corrs, Frente!, The Kelly Family, Travis e (até) Madonna. E também Legião, Paralamas, Capital Inicial, Kid Abelha, Biquíni Cavadão. Artistas que gosto até hoje. Gosto? Leia-se amo.
Mais o mais legal que esse pessoal todo me trouxe foi a certeza de não estar sozinha. Curtindo os artistas citados (e outros, a lista é quase infinita) eu acabei conhecendo pessoas que hoje estão entre as maiores alegrias da minha vida. Fazendo um bom apanhado, eu diria que mais de 80% dos amigos que tenho hoje chegaram em mim através da música. E não estou só falando de vocês que eu encho no Twitter e Facebook o dia todo não. O que quebrou o gelo entre eu e o melhor amigo (homem) que tenho foi um show do Pepeu Gomes (antes de rir, vá conhecer e ver o tanto que o cara toca - e canta!). Eu e minha amiga mais antiga (mais de 20 anos de amizade) somos doentes por Michael. Outra amiga, de muitos anos, me apresentou todas as maravilhas do rock britânico. Um amigo que eu só fui conhecer pessoalmente ano passado (mas havia "apenas" 9 anos que nos falávamos pela internet) foi o primeiro fã de Guns que conheci, e a primeira amizade online que reconheço ter tido.
E então desde o ano passado vocês têm enchido (mais) a minha vida. Literalmente, enchido. Mas não no sentido de "supitar" e ultrapassar limites. Vocês me enchem de alegria, de risos, de músicas, de piadas, de sonhos. Vocês me ajudam a me aliviar as tensões com as conversas, os "surtos", as bobagens e os planos. Marcamos viagens, nos encontramos quando podemos e, quando não podemos, enchemos essas redes sociais do que elas precisam mesmo, que é amizade. Esse texto é, então, um agradecimento.
Eu não vou citar nomes, mas vou por cidades: você aí de Encruzilhada do Sul que me manda tantos presentes pelo correio, sem nunca ter me visto. Você de Santa Maria, que é praticamente uma gêmea de tão parecida comigo. Você de São Paulo, que quando me vê, fala pouco, mas de alguma forma me faz me sentir querida. Vocês de Manaus, tão doces, engraçadas e criativas. Você de Belo Horizonte, que é uma versão mais poetizada de mim mesma. Você de Salvador, por quem eu tenho tanto carinho. Você de Araraquara, que gosta de rir das minhas bobagens. Você de Porto Alegre, que eu tive pouco tempo pra conversar e queria ver de novo. Você de Capanema, sempre me elogiando e me fazendo me sentir bem! E vocês de Brasília, também, que ainda bem que existem, ou eu permaneceria perdida.
Hoje eu não sou uma pessoa solitária - pelo contrário, tenho dificuldade de dar conta da minha agenda social, na boa! - mas isso muito se deve ao fato de vocês todos aceitarem a minha amzade e enriquecerem a minha vida. Se hoje eu acho que - finalmente - achei meu lugar, é por causa da imensa nação musical que me abrigou. Meus amigos e amigas. Amo vocês.
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Não se fazem mais ídolos teen como antigamente
Nossa amiga Wikipédia informa que os Backstreet Boys são um grupo vocal de grande sucesso comercial no mundo e de acordo com o Guinness Book, a Maior Boyband de Todos os Tempos e a de vendas, com mais de 100 milhões de álbuns vendidos. Ganhadores de inúmeros prêmios, são a maior boyband do mundo em atividade, com 17 anos de carreira. Influenciaram o surgimento de grupos como 'N Sync, Westlife, O-Town e 5ive, sendo o 'N Sync o berço onde surgiu um dos melhores (e talvez únicos) reais talentos pop da atualidade, Justin Timberlake.
Eu a-do-ra-va Backstreet Boys. Curtia não só a harmonia vocal de músicas lindas como Show Me The Meaning (Of Being Lonely) e Drowing, como também os clipes divertidíssimos e bem produzidos, como Everybody, que tem a temática de monstros e uma corografia claramente inspirada em Thriller, de Michael Jackson, deixando bem claro que os rapazes, se não conseguiam ser tão talentosos e bons dançarinos como o deus do pop original, pelo menos prestavam a justa reverência, e isso é sempre admirável.
Os BSB enfrentaram muitos desafios na carreira, com dois de seus membros tendo passado por sérias doenças (Brian, que foi operado do coração e AJ, que foi internado por alcoolismo), problemas de família (a irmã de Howie D faleceu de lúpus, e o levou a montar uma fundação para a pesquisa da doença) e até a saída de um dos membros, Kevin, em 2006, que felizmente foi pacífica.
Ainda assim, a popularidade do grupo (não gosto da palavra "banda" quando não há instrumentos envolvidos) continuou sempre grande, imagino que principalmente devido ao talento vocal de todos os membros, os caras são mesmo afinados. Além disso, muitas das composições são deles mesmos, o que torna as músicas mais interessantes.
Mas não é por isso que digo que não se fazem mais ídolos teen como antigamente. Os membros do BSB tinham um visual, assim, bem bacana. As meninas da minha época tinham ali disponível um variado "bufê" de belezas diferentes, começando por:
Oi, me adota?
Brian Littrell, o bonitinho responsável por grande parte dos vocais principais. Vai dizer que você não levava pra casa? Hein? Uma coisinha linda. Brian era bom moço e nunca deu alteração na vizinhança. Cantava - canta - extremamente bem e você jamais se incomodaria de ter que apresentá-lo à sua avó. Mas teve o problema de coração e quase passa dessa. Felizmente, tudo resolvido.
Já as mais novinhas gostavam do...
Eu pegava a Paris Hilton e posso mandar bem com você também!
Nick Carter, que foi mais famoso por ser um tremendo bon-vivant fora de suas obrigações no palco. Pegava tanta, mas tanta mulher que precisou mais tarde dividir com o irmão mais novo, Aaron Carter, cantorzinho adolescente, mega-fraquinho, mas que diante de bostas fenomenais como o Justin Bieber, até que passava. Os irmãos eram típicos playbas de Hollywwod, e moravam sem os pais desde muito jovens. Assim, uma coisa altamente sedutora pra adolescentes cheias de hormônios que pensavam, claro, em transar com eles o tempo todo.
Quem curtia uma coisa mais next-door-neighbor poderia se encantar com o...
Depois de cinco cervas, eu pegava.
Howie D., o latino obrigatório em todo grupo pop americano. Pra mim, não tinha nada de especial, a não ser o fato de que encontro caras como ele às dúzias nos bares que frequento e, dependendo do meu grau alcoólico, até que dá pra dar uma encarada. Mas vamos combinar que também não é assim, um monstro. Pegável.
As moçoilas de estilo mais alternativo curtiam o...
C' mon baby light my fire...com coca zero, por favor!
A.J. Maclean, o bad boy tatuado e mau que, claro, foi o primeiro a parar na reabilitação, enchendo a cara de cana (e, dizem, otras cositas más) em intervalos semi-regulares e deixando o grupo capenga em algumas gravações, sendo que tinha um dos vocais mais requisitados (e uma das melhores vozes entre eles). Felizmente, A.J. encontrou a salvação nos braços do rehab (I said noooo noooo noooo) e hoje vive à base de coca...hmmm... cola.
Por fim, mas não finalmente....
Ah.Meu.Deus.Eu.Quero
Kevin Richardson não era "um membro" dos Backstreet Boys, era "o" membro dos BSB, pra essa que vos escreve, e eu poderia fazer aproximadamente 34 associações dos mais baixos níveis de pornografia entre as palavras "Kevin" e "membro". Socorro. Desnecessário dizer que Kevin era modelo antes de ser do BSB, e que a participação vocal dele no grupo era a do meu salário no PIB, mas, quem liga? Ele era LINDO. Fenomenalmente escultural e maravilhoso e um simples close nesse rosto durante os clipes esquentava o tubo de imagem da tv a ponto de pifá-la. Coisa de doido. Saiu do grupo em 2006 pra se dedicar a família, mesmo depois de eu ter mandado muitas cartas de amor suicida pedindo que ele se casasse comigo - not! - , o desgranido foi atrás de outra periguete, casou e teve filhos. Hunf! Enfim, vocalmente, eram dele os tons mais graves (você não imaginaria uma vozinha de pato saindo de um homem desse tamanho, néam?), mas, na real, o grupo não se prejudicou com a saída. Bom, musicalmente falando.
E então chegamos aos dias de hoje, e o que as adolescentes têm para ver e ouvir?
Se mata.
Sem mais.
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Na Varanda orgulhosamente apresenta...
7 qualidades minhas:
1) Senso de humor
2) Inteligência
3) Generosidade
4) Capacidade de perdoar além do normal (me é muito útil, aliás)
5) Lealdade
6) Ternura
7) Desenvoltura
7 defeitos meus:
1) Ansiedade
2) Rispidez (muitas vezes não-intencional e muitas vezes...bem...)
3) Total inabilidade financeira (Vivo sob intervenção de pessoas mais habilidosas. Mas tá melhorando!)
4) Total falta de senso de direção. E não é por ser mulher; eu me perco dentro de casa. É horrível.
5) Carência idiota
6) Procrastinação
7) Falar demais
7 coisas que amo
1) Ler
2) Escrever
3) Minha sobrinha
4) Michael Jackson
5) Rock (e shows de rock!)
6) Amigos
7) Cozinhar
7 coisas que faço bem
1) Meu trabalho
2) Escrever
3) Falar inglês
4) Maquiagem
5) Fazer rir
6) Ser amiga
7) Inventar apelidos e expressões
7 coisas que eu mais digo
1) Palavrões de variados níveis
2) "Tá de rosca"
3) "Aham, senta lá, Cláudia"
4) "Ah, nem"
5) "Sucesso total"
6) "Alegria, alegria"
7) "Cavalo do cão" (em geral sobre o calor!)
7 coisas que preciso fazer antes de morrer
1) Transar com o Jon Bon Jovi... errr... não
1.1) Conhecer NYC
2) Fazer uma MEGA viagem que inclua todos meus melhores amigos
3) Ter um relacionamento realmente decente com um cara bacana
4) Deixar meus pais em uma situação econômica confortável
5) Ter minha casa. MINHA.
6) Visitar o túmulo do MJ (bem chato que esse item exista na lista...era pra ser "ver um show" dele)
7) Encontrar equilíbrio, de uma forma que só eu sei quando estarei satisfeita. Tô no caminho.
Grata pela inspiração, querida Ali do Misculare!
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Intermezzo
Mas tudo bem. O primeiro passo para uma cura é a identificação do problema. O importante é manter a mente quieta, a espinha ereta, o coração tranquilo...you know the rest.
Estou considerando fazer alguma atividade física que não me ferre a coluna e ao mesmo tempo me dê equilíbrio e força...ioga? Pilates? Meus amigos brincam comigo de que estou curtindo tanto esse negócio de ser zen que já já abro uma casa de sushi com meditação! :)
Mas não é por aí, o que eu desejo de verdade é ser cada vez menos ansiosa, mais centrada, mais equilibrada... e por que não, mais natural ou "zen" também. Mas ainda estou loooooonge disso... conseguir parar de beber já seria um grande passo... cadê o zen nessas horas do chope? HA!
De qualquer modo, não vou me cobrar demais. Estou contentíssima, pois não perdi meu norte. A vontade de ser diferente e melhor ainda não esmoreceu, e nem creio que vá. Mas, hein...que luta!